Momento

São os pequenos instantes irrepetíveis que preenchem a nossa existência.

terça-feira, fevereiro 15, 2005

Consulta Médica

Por volta das 14:45 da tarde entro na Clínica de Sto António-Reboleira/Amadora para uma consulta às 15:20. Ainda com óculos de sol e já na sala de espera, tento situar-me, pergunto a uma assistente o que tenho de fazer e decido tirar a senha da minha vez. Aguardo sentada que chegue o nº22, entretanto dou comigo a observar toda aquela gente, mais que muita, com olhar inconformado, sem paciência e com o semblante carregado de desgraça e de 1001 doenças. A movimentação é constante! O calor é saturante! e eu só me apetece voltar para trás, mas penso que não o devo fazer, pode ser que desta vez o Médico chegue a horas. Olho para o meu swatch e já são 15:25. Estou impaciente! No painel aparece o 22, aproximo-me da assistente para preencher a ficha e efectuar o pagamento. Aguardo que chamem pelo meu 1ºnome, Lídia (tortura); inconformada pela espera, resolvo perguntar se o Doutor já chegou e quantas pessoas estão atrás de mim. Só me apetece gritar!!!! Estão 4 doentes para ser atendidos e o primeiro estava marcado para as 14:50. A hora já vai adiantada e cada vez mais me apetece fazer como da última vez, desistir! Vou até ao bar para exercitar os meus maxilares. Já são 16 horas e nem rasto de médico. Acabo por meter conversa com alguém que também está à espera e descubro que o Doutor chega por sistema atrasado, é dito que num determinado dia teve o desplante de chegar às 18:30. Estou completamente maluca!! E cada vez mais me apetece perguntar porque é que os portugueses, sejam eles doutores ou o raio que os parta, não chegam a horas???? Acabo de comer! Em jeito de brincadeira, digo à senhora com quem falei, até já, ou melhor, até daqui a 3 horas! Obviamente que houve risada! São 16:15 e finalmente sou chamada para entrar no gabinete, no qual permaneço no máximo 10 minutos. Troco algumas impressões com o Médico, sou examinada, revelo o meu desagrado e digo boa tarde. Estou de saída! Os meus pensamentos matemáticos são conduzidos de neurónio em neurónio, surgindo a seguinte questão: Será que o tempo de espera é sempre inversamente proporcional à duração da consulta???